sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Leoa...


"Olhos de lis que fazem, refazem e instigam transparências.
Caçando guias para confins sem fim.
Do ardor das garras ao deslumbre e sutileza da calda.
Leoa."
(William Freitas)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Dica...

O filme de Fernando Meireles, Ensaio sobre a Cegueira é uma adaptação da obra do escritor português José Saramago e conta a história de uma inédita epidemia de cegueira, totalmente inexplicável, que se abate sobre uma cidade não identificada. Tal "cegueira branca" - assim chamada, pois as pessoas infectadas passam a ver apenas uma superfície leitosa - manifesta-se primeiramente em um homem no trânsito e, lentamente, espalha-se pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos a meros seres lutando por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. À medida que os afetados pela epidemia são colocados em quarentena e os serviços do Estado começam a falhar e a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afetada pela doença.
O foco do filme, no entanto, não é desvendar a causa da doença ou sua cura, mas mostrar o desmoronar completo da sociedade que, perde tudo aquilo que considera civilizado. Ao mesmo tempo em que vemos o colapso da civilização, um grupo de internos tenta reencontrar a humanidade perdida. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas, também, dos seus mundos emocionais e da dignidade que tentam manter. Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente.
Um filme inteligente, que não se deve deixar passar...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ciclo...

"Meus sussurros já não soam tão baixos
É fala mais clara
Nuvens e fumaças se dissipam
Tornando mais nítidos os traços de minha tara
Se desfazendo dos algozes importunos
Dos claustros e dos sustos
Parecem assim às etapas
Surgem de murmúrios e com simplicidade superam os surtos."
(William Freitas)

sábado, 11 de outubro de 2008

Paixão...

"Das luas que brilham e banham lugares mútuos
Seguras de si e de suas mutações
Conforme a clareza do foco
Às luxúrias sorrindo soltas mesmo que tontas

Vestidas de uniformes eminentes do tanto.
Paixão!"


(William Freitas)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Partes...

Em todos os contos e panos soltos
De breves encontros com meu povo bobo
Culpado por ter sonhos em sono longo.
.....
Vibra com aquelas ondas
Do mar revolto ou do som que ouço
E se acaba em bandas de timbres diversos.
.....
Andando assim tão diferente
como se não fosse gente
Pessoa presente.
.....
Aceitando belos abraços, beijos e braços
Sinceros como passos de um bolero.
.....
Nem sempre como quero,
Mas nunca me revelo
a tais pontos indiscretos.
.....
Somente quando quero
pessoa presente ou sonho gélido
É ali que me revelo.
.....
No dispor do meu povo
Assim meio bobo
Durante o sono interpreto
.....
O dissipar do velho encontro.

(William Freitas)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Meu amor, meu verso!

"Nesses dois anos colhi um fruto lindo de um pomar confuso,
'fruto que me ama, me tira da cama'.
Fazeres por fazer, dizeres por dizer.
Amores a crescer.
Destúrbio do escrever.

Teu amor para sempre quero ser"

"Todas as manhãs / Ao despertar do dia / Te conquisto / 'Verso a verso' / E por toda vida versarei.
Te amo!


(William Freitas)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Minha guia velha amiga...

Ao vibrar de meus neurônios sinto-me leve, flutuante,
viajante de várias andanças e danças.
Sinto uma força que me guia velha amiga,
me tira da cama diz que me ama, faz de um vaso uma lama.
Quando da lama pro vaso imagino que me acho ao vibrar do flutuante viajar daquela dança,
Sinto a força que me lança.


(William Freitas)